Futsal do Litoral a Trás-os-Montes

quinta-feira, março 31, 2005

Para pensar...

"O futebol, para um garoto de 9 anos, é um brinquedo. Para um adolescente, uma meta. Para poucos, profissão. Para muitos, entretenimento. Para os que não entendem nada disso que escrevi, será, sempre, uma distorção".
In pedagogiadofutsal.com.br

terça-feira, março 29, 2005

Mentalidade táctica

MENTALIDADE TÁCTICA


O que é a mentalidade táctica?

Mentalidade táctica é a capacidade que deve possuir o jogador de Futsal, para analisar com rapidez as acções do jogo durante um encontro. Desta forma, poderá assumir a responsabilidade de realizar gestos técnicos tanto quando tem a posse de bola, bem como quando não a tem, tenha a sua equipa a sua posse ou não.


É importante possuir mentalidade táctica?

É muito importante para que o jogador controle o desenrolar do encontro.
Durante o decorrer do jogo, o jogador deve tomar decisões rápidas, de forma a que a sua equipa assegure o controlo do jogo e consequentemente a posse de bola, mediante a busca de linhas de passe, e assim poder efectuar os gestos técnicos apropriados em cada momento.


Trabalhos de mentalidade táctica (Prática nº 1)

FAZER SEMPRE
1. O gesto técnico mais fácil, sem gerar complicações em algum momento.

É não criar complicações em nenhum momento do jogo. Se podemos efectuar um passe, não devemos fazer um remate.
Ás vezes é mais importante uma assistência a um companheiro para finalizar uma jogada, que arriscar um remate.
O Fixo, ou o último jogador na defesa, nunca o faz, nunca deve arriscar, e deve fazer o mais fácil (passar ou jogar longe caso não tenha linhas de passe).
Fazendo o mais fácil consegue-se assegurar o controlo e posse de bola entre os elementos da equipa.



Trabalhos de mentalidade táctica (Prática nº 2)

FAZER SEMPRE
2. Assegurar o controlo da bola
É não cometer imprudências e lograr que a bola está sempre em poder na nossa equipa. A bola não nos assusta, temos que tê-la sempre em poder da nossa equipa. É fundamental passar e passar a bola com muita paciência entre todos os jogadores da equipa.
Caso não tenhamos segurança para avançar devemos passar as vezes necessárias até poder fazê-lo.
Para poder avançar temos que procurar as linhas de passe entre os jogadores da equipa.


Trabalhos de mentalidade táctica (Prática nº 3)

FAZER SEMPRE
3. Procurar as linhas diagonais de passe
É estar sempre atento aos colegas de equipa. O jogador que tem a bola deve observar e procurar o colega próximo, para dar um passe.O que não tem a bola deve oferecer-se ao colega que a tem. Deve apoiar (criar linhas) o colega para que este nos passe.Se o colega não nos viu, tem que comunicar para que o veja. Tem que se fazer ver para que a linha de passe seja efectiva.O jogador deve estar sempre em contínuo movimento. Nunca deve estar parado. Os jogadores adiantados nunca devem se esconder atrás da defesa adversária, uma vez que não garantem a criação de linhas de passe. Proporcionada a linha de passe, se proporciona o controlo da bola e o avanço para a baliza contrária.As linhas de passe devem ser diagonais ou verticais. As diagonais são para avançar para a baliza contrária e para dar profundidade e consistência ao jogo no campo adversário.Os passes horizontais realizam-se quando se prepara uma jogada com rotação dos jogadores. Nunca num passe horizontal se deve arriscar a efectuar na nossa área ou frontalmente à mesma.Os passes altos (aéreos) realizam-se quando a equipa contrária está a pressionar junto á entrada da nossa área.


Trabalhos de mentalidade táctica (Prática nº 4)


FAZER SEMPRE
4. Quando a nossa equipa tem a bola e tem que saber jogar sem bola.
Consiste em:
1. Ir para os espaços livres para fazer criar linhas de passe efectivas e dar apoio aos colegas;
2. Oferecer-se para receber a bola após passe, e dar apoio aos colegas;
3. Realizar quebras, enganando o adversário, para separar-se uns metros do defesa e assim receber um passe do colega.
4. Levar um defesa directo para uma zona do campo para permitir que um colega avance ou possa passar ou rematar;
5. Fazer bloqueios aos defesas para que o colega consiga avançar ou rematar oportunamente.

domingo, março 27, 2005

Os gestos técnicos

Define-se como gesto técnico, a acção que um jogador realiza, com ou sem bola, durante o decorrer do jogo.


Classes de gestos técnicos

Antecipação - Movimento que realiza um jogador para antecipar-se ao seu adversário e alcançar a bola antes dele.

Apoio - Acção que realiza um jogador com o fim de facilitar a acção do colega que tem a bola em sua posse.

Barreira - Acção técnica realizada entre um, dois ou mais jogadores da mesma equipa, afim de evitar o remate directo do adversário à baliza de forma livre e facilitada.

Bloqueio - Acção técnica que se realiza sem bola e sem contacto físico, afim de “obstruir” a movimentação do adversário e permitir um passe livre ou movimentação entre colegas de equipa.

Carga - Acção que realiza um jogador com o ombro sobre o seu adversário, de forma não regulamentar, na disputa da bola.

Cobertura ofensiva/defensiva - Acção que realiza um jogador sobre um colega afim de permitir ora uma consistência ofensiva na construção ofensiva (criação de linha de passe), ora na defensiva (possibilidade de dobra caso o companheiro seja ultrapassado).

Condução de bola - Acção técnica de controlo e manejo da bola no seu transporte pelo campo.

Controlo - Acção mediante a qual o jogador se apropria da bola deixando-a em condições de poder ser jogada seguidamente.

Corte - Acção de cariz defensivo que impede que a bola chegue ao seu destino.

Desmarcação - Acção para escapar à vigilância de um adversário, surpreendendo-o com falsas movimentações, procurando receber a bola em segurança num espaço livre.

“Despejo” - Acção técnica que nos permite solucionar favoravelmente para a nossa equipa situações de grande perigo junto da nossa área.

Desvio - Acção mediante a qual modificamos a trajectória da bola com um fim premeditado (remate, cabeceamento, etc.).

Drible - Acção que nos permite conduzir a bola mantendo o seu controlo e ultrapassar os adversários.

Entrada (tackle) - Acção que realiza um defesa sobre o adversário quando este possui a bola, com a intenção de estorvar a sua acção.

Finta - Movimento feito com o corpo, independentemente da trajectória da bola que tem como objectivo confundir o adversário, obrigando o adversário a deslocar-se beneficiando a nossa acção.

Intercepção - Acção mediante a qual interceptamos a bola e nos apropriamos dela para dar continuidade ao nosso ataque.

Lançamento - Acção de reposição da bola em jogo através do guarda-redes.

Marcação - Acção que se realiza sobre os jogadores adversários para impedir que recebam a bola em condições de a poder jogar.

Passe - Acção técnica que permite estabelecer uma relação entre dois ou mais jogadores de uma equipa mediante a transmissão da bola com um simples toque.

Permuta - Acção que consiste em ocupar a posição do colega que nos fez a cobertura, aquando ultrapassados por um adversário.

Pressão - Acção técnica que realizam de forma sincronizada (alternada) todos os jogadores de uma equipa (consoante o modelo táctico podemos ter até 6 linhas de pressão), sobre o adversário que possui a bola, de forma a dificultar o controlo da bola e recuperá-lo rapidamente.

Pressing - Acção de pressionar com maior ou menor intensidade sobre um ou todos os jogadores adversários afim de evitar a sua progressão ou recuperar imediatamente a posse de bola.

Recepção - Acção técnica que consiste no contacto com a bola com maior ou menor intensidade.
RecuperaçãoMovimento de retrocesso que realizam os jogadores de uma equipa quando perdem a posse de bola.

Remate - Acção técnica que consiste em enviar a bola à baliza adversária afim de obter o golo. Pode ser executado tecnicamente ou com força, com a cabeça ou sobretudo com os pés.

“Retenção” - Acção que realiza o guarda-redes de uma equipa e que consiste em reter a bola, após defesa, imobilizando-a com as mãos ou com as mãos e os pés.

Rotação - Intercâmbio de posições dos jogadores de uma equipa, afim de iludir o adversário (defensivamente) e proporcionar que o ataque se desenvolva mais perto da baliza adversária, aproveitando os erros defensivos adversários.

Reposição - Acção técnica que consiste em colocar a bola em jogo, quando se inicia o jogo, quando a bola sai pela linha de baliza ou laterais, ou na marcação de uma falta.

Saída - Acção que realiza o guarda-redes de uma equipa afim de impedir que um adversário faça golo, saindo da sua área de baliza, disputando a bola de forma rápida e imediata sem contenção.

Temporização - Movimento ilusório de contenção que efectua um jogador de uma equipa para confundir os atacantes e ganhar tempo para que os seus colegas reorganizem a defesa. Podemos ainda temporizar quando atacamos permitindo que o trabalho da movimentação esteja bem compensado proporcionando diferentes linhas de passe.

Vigilância - Acção de observação dos movimentos adversários ao nível defensivo e ofensivo.

10 Regras de Ouro para jogador de Futsal

Primeira: Nunca se deve permanecer parado. Tem que estar em continuo movimento em toda a dimensão do campo.

Segunda: Tem que saber jogar quando não se tem a bola, e sobretudo se algum companheiro de equipa a tem (Dar apoios, fazer fintas, efectuar bloqueios, ocupar espaços vazios, etc...).

Terceira: Nunca deve deixar de observar a bola.
Quarta: O jogador deve ser generoso com os seus companheiros no momento de passar a bola. É preferível assistir um companheiro que falhar uma oportunidade clara de golo.

Quinta: Nunca deve dar uma bola como “perdida”.

Sexta: Todos os jogadores têm que defender atrás da linha imaginária horizontal que descreve a bola quando a equipa contrária ataca.

Sétima: Deve sempre colocar-se de forma a limitar a acção ofensiva do atacante e não deve entrar “de primeira” a roubar a bola, a não ser que a perna de apoio no solo do atacante, seja nesse momento aquele que domina (pé dominante nas execuções) a operação dos gestos técnicos.

Oitava: Os passes entre os colegas de equipa devem ser curtos e rasos para haver melhor controlo e tensos de forma a não serem interceptados. Os passes horizontais nunca devem ser executados na periferia da nossa área. Devem-se utilizar frequentemente os passes diagonais e verticais.

Nona: O último jogador (o que fecha) nunca joga bola individualmente face à falta de apoios, nem arrisca, pois se perde a bola pode originar o golo do adversário.
Décima: Deve ter paciência quando se iniciam jogadas, procurando jogar a bola entre todos os elementos da equipa. Sem “pressa” em finalizar as jogadas, devem-se executar os gestos técnicos com a maior velocidade e rapidez possível para a obtenção do golo. O tempo (segundos disponíveis) é precioso para a obtenção de remates à entrada da área adversária sobretudo quando existem erros defensivos.

sexta-feira, março 25, 2005

O Aquecimento

O AQUECIMENTO

É a actividade preparatória ou preventiva na prática desportiva, seja ela de competição ou simplesmente de entretenimento (lazer), que permite a adaptação do corpo para a realização de um exercício físico, ajudando a prevenir a ocorrência de possíveis lesões.


Características do Aquecimento

Deve ser total - Deve aquecer todos os órgãos, músculos e articulações do corpo.
Deve ser dinâmico - Tem que despertar, realizando exercícios intercalados sobre a base de uma progressão suave.
Deve ser metódico - A sua realização será como um rito (sistemática) para o jogador de Futsal, e em progressão. Irá do global para o particular.
Deve ser proporcional e específico - Estará em função da qualidade e estado do jogador de Futsal, mas também em função do esforço e do exercício posterior a executar.
Deve alternar fases dinâmicas com fases de descanso - Não deve superar as 10 repetições por exercício, e deve haver variação nos exercícios.


Fases do aquecimento
  • Corrida contínua generalizada: corrida suave.
  • Descanso e recuperação.
  • Movimentação geral: Movimentos específicos de rotação, elevação, extensão/flexão sobre pernas, tronco e braços.
  • Descanso e recuperação.
  • Estiramentos: Exercícios de potencialização da temperatura intramuscular, nas pernas principalmente para os jogadores e nos braços e pernas para o guarda-redes.
  • Corrida com alternâncias de ritmo: Primeiro suave, depois rápida em sprint, depois suave, depois rápida em sprint, e assim sucessivamente.
  • Descanso e recuperação
  • Toque da bola em progressão: Passes e recepção da bola em progressão (movimentação contínua).
  • Assimilação da corrida (movimentação) para rematar a bola: Passes e jogadas com remates à baliza.
  • Retorno á calma, após exercício físico.
  • Alongamentos finais.

O treino no Futsal

O PROCESSO TREINO - Preparação física

Preparação física é a acção que permite a promoção das condições e qualidades físicas de cada um dos jogadores da equipa, com o objectivo de obter um nível óptimo para a capacidade de realização da prática competitiva de um desporto, havendo um consonância e respeito pelo atleta na aplicação das cargas de forma a promover as respostas motoras necessárias durante a época desportiva.


Qualidades físicas que se podem potencializar….

A resistência: Capacidade psico-fisiológica para suportar um esforço mais ou menos prolongado.
A resistência geral ou Aeróbica: capacidade orgânica para suportar esforços prolongados de curta o media intensidade quando se obtém o oxigénio que se necessita.
A resistência específica ou Anaeróbica: capacidade orgânica para realizar esforços muito intensos de curta o media duração, quando não se obtém todo o oxigénio que se necessita.

A força: Capacidade de exercer tensão contra uma resistência.

A velocidade: Capacidade de executar um movimento em função do tempo, é decidir com a maior rapidez possível.
Velocidade de movimentação: tempo que se perde a deslocar-se de um ponto para outro do campo.
Velocidade de remate: tempo que se perde em rematar a bola.
Velocidade mental: tempo que se perde em pensar que gesto técnico se deve efectuar numa jogada.
Velocidade de reacção: tempo que se perde a reagir a um estímulo.

A flexibilidade: Faculdade fisiológica de efectuar com facilidade e destreza a máxima amplitude de movimentos que permitem as articulações.

O treinador de Futsal

Direcção da equipa

O Treinador e a Direcção da equipa

A direcção da equipa corresponde ao Treinador que deve possuir as seguintes qualidades:
  • Conhecimentos sobre o Desporto, nomeadamente do Futsal.
  • Humildade, honradez, e respeito no trato com os seus jogadores.
  • Experiência na direcção e organização de um grupo.
  • Dedicação, interesse e atitude positiva perante a sua equipa.
  • Capacidade para gerir e liderança sobre o grupo.
  • Conhecimentos sobre psicologia desportiva.
  • Conhecimento dos seus jogadores, física, técnica, táctica e psicologicamente.

O Treinador deve, antes de mais, conhecer os seus jogadores. Para isso deverá:

  • Aplicar testes valorativos.
  • Realizar provas (físicas, conhecimento técnico-táctico).
  • Utilizar a observação directa
  • Analisar objectivamente em cada um dos jogadores da sua equipa.
  • A responsabilidade do Treinador é total, e depende da sua própria preparação incutir o espírito de equipa nos seus jogadores.

O Treinador deve, antes de mais, conhecer de cada jogador:

  • Sua resposta e capacidade física.
  • O grau de destreza e técnica que possui.
  • Sua assimilação e mentalidade táctica.
  • Sua capacidade de jogo.
  • Sua regularidade.
  • O grau de colaboração e espírito de sacrifício.
  • Sua estabilidade emocional.
  • Sua inteligência.
  • Sua vocação de líder.

O Guarda-redes de Futsal

O Guarda-redes é o jogador que defende a baliza da sua equipa.

O Guarda-redes de Futsal é o único jogador que pode jogar a bola com as mãos dentro da sua área, excepto se receber um atraso do companheiro (tem de receber com o pé).

O Guarda-redes é, antes de mais, um jogador com um peso específico na sua equipa, pois organiza, determina, posiciona e transmite a segurança defensiva necessária aos seus colegas, bem como potencializa os contra-ataques e /ou ataques.

O Guarda-redes é o jogador que domina, através da sua visão global e periférica, todas as movimentações dentro do campo (adversárias e dos próprios colegas), tendo como função táctica principal: a de vigiar e observar a colocação dos adversários, essencialmente perante uma possível perda de bola ou esquema táctico ofensivo (canto, livro, etc).

O Guarda-redes é o jogador que tem de fazer uso dos seus atributos de comunicador para avisar e falar continuamente com os seus colegas, afim de organizar e orientar as movimentações e posicionamentos defensivos e ofensivos, revelando domínio sobre as situações que poderão propiciar erros colectivos.
O Guarda-redes poderá ser o capitão de equipa ou seu substituto na ausência desse. Representa a organização no desenrolar do jogo e representa os seus companheiros na defesa das vitórias e na obtenção inequívoca dos muitos golos marcados e dos poucos sofridos.

Futsal uma História...

A versão mais aceite para o aparecimento do Futebol de Salão é a de que ele começou a ser praticado por volta de 1940, por jovens frequentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo. Enfrentando dificuldades para encontrar campos de futebol para divertimento nas suas horas de lazer, estes improvisaram "peladas" nos campos de basquetebol e hóquei, aproveitando as traves usadas na prática desse último desporto. No início as "equipes" variavam em número, tendo cinco, seis e até sete jogadores, sendo pouco a pouco fixado o limite de cinco. As bolas eram de crina vegetal ou serragem, sofrendo sucessivas modificações, inclusive com o uso de cortiça granulada. Como as bolas de ar utilizadas depois, saltavam muito e saíam frequentemente dos campos, posteriormente tiveram seu tamanho diminuído e o peso aumentado. Daí o facto de o Futebol de Salão ser chamado de "desporto da bola pesada".

De repente o novo desporto começou a ganhar corpo, estendendo-se a outros Estados, estabelecendo-se regras elementares procurando disciplinar a sua prática. Dentro de pouco tempo organizavam-se equipas, disputando torneios abertos. Dada a facilidade para a formação de equipas, rapidamente ganhavam-se adeptos sendo introduzido em quase todas as Capitais, que já o praticavam copiando regras uns dos outros.
Em 1955 a Entidade carioca organizou a primeira competição oficial, denominando-a "Torneio de Apresentação", vencido pelo Braz de Pina. Em 1955 foi realizado o primeiro campeonato na cidade do Rio de Janeiro, com 42 participantes. Em 1956, no Estado do Ceará, que mais tarde viria a ser a sede da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, foi o primeiro campeonato dirigido pela recém fundada Federação Cearense de Futebol de Salão.

Até 1959 havia divergência de regras, com Rio de Janeiro e São Paulo disputando a primazia do novo desporto, procurando impor seus pontos de vista. O Futebol de Salão ganhara, já, tal amplitude que a então Confederação Brasileira de Desportos resolveu oficializar a sua prática, uniformizando as suas regras, aceitando como filiadas as Federações Estaduais e promovendo encontros de âmbito nacionais, de clubes e selecções.

Convém destacar que o amor e a tendência natural pelo futebol começa, tendencialmente, a transferiram-se para o Futsal, em razão da valorização imobiliária e de outros factores socio-económicos que implicaram na quase extinção dos antigos “campos de várzea”. E o futebol passou, à falta de espaços principalmente nas áreas urbanas, a ser praticado em campos originalmente destinadas a jogos de basquetebol e voleibol, daí explicar-se a "febre" do Futebol de Salão, vulgo FUTSAL.

Em pesquisa realizada pela revista "Placar" de 01/06/84, corroborada em 1985 pelo IBGE, em seu anuário Estatístico, quanto aos desportos mais praticados no Brasil, especialmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, nas classes A, B e C e nas faixas de idade de 15/19 e de 20/24, evidenciou-se que o Futsal está em primeiro lugar na preferência nacional. E tudo isto decorre de ser o Futsal, sem dúvida, o único desporto genuinamente brasileiro e que não impõe o biótipo geralmente requerido para certas modalidades "importadas", podendo praticá-lo o alto, o baixo, o gordo, o magro, o jovem ou o mais idoso, daí ter tomado de roldão os campos e espaços de recreação dos colégios, edifícios, empresas, pólos de lazer, clubes sociais e desportivos, quartéis, praças, conjuntos habitacionais, etc.

Além deste aspecto democrático e participativo, convém assinalar que Pelé, Zico, Sócrates, Casagrande, Edinho, Rivelino, Paulo César, Reinaldo, Robertinho, Artuzinho, Juninho, Caio, Denilson, Leonardo, Ronaldinho dentre outros consagrados "astros" do futebol creditam grande parte de seu sucesso ao aprendizado obtido no Futsal, onde iniciaram a vida desportiva. O jogador que vem do Futsal tem um drible fácil e curto, aperfeiçoado pelo pequeno espaço em quadra. Aprende-se a conduzir a bola perto do corpo, aprimora o domínio raramente errando um passe, além de ter um sentido de marcação muito desenvolvido.

Importa salientar que hoje o Futsal não é apenas praticado e assistido nos ginásios convencionais, o nosso desporto conta Mundialitos disputados em arenas especialmente construídas, a céu aberto, nas praias de Copacabana no Rio de Janeiro, entre outras internacionais, por ocasião dos Festivais de Verão, sendo amplamente divulgadas nos meios de comunicação, inclusive com cobertura televisiva sistemática.
Em Trás-os-Montes o Futsal assume, cada vez mais, o protagonismo que outrora o Futebol assumiu. Os campos e as equipas são são vez menos fruto da diminuição acentuada da natalidade, das novas ofertas e proximidades entre cidades, e face ao rigor imposto pelo Inverno. Tudo isto surge asssociado à falta de condição físicas (bancadas) para o espectador, aliada à falta de escalões de formação e dirigentes que promovam as condições básicas necessárias para o bom decorrer do processo treino.
O divórcio entre o "adepto" e o Futebol é notável de ano para ano, o seu crédito é posto em causa face aos desmesurados orçamentos que em nada resultam, onde os objectivos são lançados "à toa" sem orientação dos caminhos a percorrer. As noções das dificuldades de gestão dos recursos simplesmente não existe, e a envolvência de um projecto profícuo e duradoiro que permita uma continuidade da própria realidade do clube acentua, cada vez mais, o fosso entre o Fenómeno Desportivo organizado e os vulgos "jogos de Bola".
Ao contrário do futebol, o Futsal oferece melhor qualidade no processo de treino (independentemente das condições climatéricas), facilidade no recrutamento dos jogadores e acima de tudo aliada à oferta de condições básicas para poder visualizar os jogos, um maior envolvimento na espectacularidade emocional que o próprio desporto oferece enquanto fenómeno desportivo.
No que concerne à gestão desportiva, a facilidade de angariar receitas é maior, a promoção desportiva é melhor e a capacidade de resposta às solicitações dos jovens e da polulação geral, apresenta-se de forma continuada e em crescimento sustentado. Onde o Futsal apresenta-se como um DESPORTO PARA TODOS.

quarta-feira, março 02, 2005

Futsal em Trás-os Montes

FUTSAL FUTSAL FUTSAL FUTSAL FUTSAL



ESTAMOS EM CONSTRUÇÃO CONSTANTE !!!


Aqui publicarei artigos de opinião pessoal, bem como artigos com carácter formativo acerca do futsal, providenciando e disponibilizando informações e metodologias inovadoras e práticas para a aplicação prática no processo treino de Futsal.

Até Breve.


Carlos Martins


Obrigado pela visita!


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